Produção industrial recua em nove estados, mas Pernambuco cresce 31,3%, aponta IBGE
A produção industrial nacional apresentou crescimento marginal de 0,1% entre março e abril de 2025, segundo a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional, divulgada nesta quarta pelo IBGE. Porém, esse desempenho esconde nuances regionais importantes: em 9 dos 15 locais pesquisados, houve queda na produção industrial — incluindo economias tradicionais como Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná.
Nove locais registram queda na produção industrial
No comparativo mensal:
- Ceará liderou em recuo (-3,9%), seguido por Espírito Santo (-3,5%), Rio de Janeiro (-1,9%), São Paulo (-1,7%), Mato Grosso (-1,4%), Amazonas (-1,3%), Pará (-0,8%), Minas Gerais (-0,3%) e Paraná (-0,1%)
Seis regiões registram ganhos no período
Apesar dos recuos, seis estados compensaram o resultado nacional com altas expressivas:
- Pernambuco teve o maior salto: +31,3%
- Outros estados em alta: Goiás (+4,6%), Bahia (+0,5%), Rio Grande do Sul (+0,1%), Santa Catarina (+0,1%) e a Região Nordeste (+7,2%) .
Comparativos anual, acumulado e projeções
Em relação a abril de 2024, 11 dos 18 estados monitorados mostraram queda, e o índice nacional recuou 0,3%. Destaques negativos incluem Rio Grande do Norte (-12,9%), Mato Grosso do Sul (-9%), Rio Grande do Sul (-7,1%), São Paulo (-5,3%) e Ceará (-5,3%). O Pará, porém, teve alta de 27,3%
No acumulado de janeiro a abril de 2025, apesar do crescimento nacional de 1,4%, dez unidades da federação recuaram, com Rio Grande do Norte (-18,2%) e Pernambuco (-15,9%) entre as principais. O Pará manteve a liderança com alta de 10% .
No acumulado em 12 meses, houve avanço de 2,4%; os destaques positivos foram Pará (+9%), Santa Catarina (+7,4%) e Paraná (+5,6%). Por outro lado, Rio Grande do Norte (-6,6%) e Espírito Santo (-5,2%) registraram quedas expressivas .
O que é a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional (PIM‑PF)
A PIM‑PF Regional é uma pesquisa contínua do IBGE que mede a evolução da produção industrial em estados e regiões do Brasil. Com base em dados fornecidos por empresas, ela avalia variações mês a mês, anual e acumuladas, fornecendo um panorama detalhado do setor industrial nacional.
Por que os dados regionais são relevantes?
- Revelam a disparidade econômica entre estados, como as quedas em centros industriais consolidados e o avanço em polos emergentes.
- A alta em Pernambuco e Pará sinaliza renovação e oportunidades, o que é essencial para investidores, governos estaduais e políticas industriais.
- Para negócios, esses dados ajudam a planejar investimentos e expansão em áreas com crescimento industrial.