A proibição da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) às operações da Voepass deixou diversos passageiros retidos no aeroporto de Fernando de Noronha sem previsão de embarque. A empresa, que realizava dois voos diários entre Recife e a ilha, não forneceu informações claras sobre como os clientes poderão deixar o destino turístico.
Passageiros enfrentam incerteza no aeroporto
Turistas que aguardavam retorno para suas cidades ficaram sem qualquer suporte da companhia aérea. O empresário João Pedro Pericioli, do Espírito Santo, tinha passagem marcada para terça-feira (11) e relatou a falta de informações.
“Não há nenhuma comunicação da Voepass. Eles deveriam providenciar um avião fretado para nos retirar daqui”, disse João Pedro.
A situação se repetiu com a esteticista Ana Rita Trevisan, de Minas Gerais. “Não sei quando vou conseguir sair da ilha. Isso é um descaso com os passageiros”, desabafou.
Alternativas para os clientes da Voepass
Atualmente, sem os voos da Voepass, Fernando de Noronha conta apenas com a Azul Linhas Aéreas, que opera quatro voos diários. Com isso, muitos passageiros tiveram que buscar soluções alternativas, como fretamento de aeronaves.
Antônio Amante, proprietário de uma agência de turismo, revelou que 20 clientes precisavam sair da ilha. Para isso, ele iniciou a negociação do aluguel de um avião, com custo extra para os passageiros.
“O cliente terá que pagar cerca de R$ 2 mil pelo fretamento e depois buscar reembolso na Justiça”, explicou.
Conexões prejudicadas e incerteza
A aposentada Lolita Matuela, do Paraná, tinha conexões programadas no Recife e em Brasília antes de seguir para Curitiba. “Não sei o que fazer. Minha programação está completamente comprometida”, lamentou.
Já o empresário Jonathan Santos, que mora no Recife e tinha como destino Teresina, também foi impactado pela interrupção dos serviços da Voepass. “Não temos nenhuma informação e nem hospedagem garantida”, destacou.
Voepass ainda não se manifestou
Até o momento, a Voepass não se pronunciou sobre soluções para os clientes afetados pela proibição da Anac. A situação segue indefinida, e passageiros buscam alternativas por conta própria para deixar a ilha.
Imagem: Redes Sociais Divulgação
