Conta de Luz Sobe 3% em Pernambuco Após Reajuste Autorizado Pela Aneel

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Conta de luz sobe 3% em Pernambuco após reajuste autorizado pela Aneel

Reajuste na conta de luz em Pernambuco eleva tarifa em até 3% para consumidores residenciais

A partir de 29 de abril, os moradores de Pernambuco sentirão no bolso o novo reajuste na conta de luz, autorizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A medida, que integra o reajuste tarifário anual da Neoenergia Pernambuco, foi aprovada por maioria durante sessão da diretoria da agência reguladora.

Com o novo reajuste, haverá uma alta média de 0,61% para todos os consumidores atendidos pela concessionária. No entanto, o impacto será diferente conforme o perfil do consumidor. Os consumidores de baixa tensão, que incluem residências, áreas rurais e iluminação pública, sofrerão aumento médio de 3% na tarifa. Já os clientes de alta tensão, como grandes indústrias, terão uma redução média de 7,10%.

Entenda o que causou o aumento na tarifa de energia

De acordo com o relatório da Aneel, a revisão tarifária foi impactada por uma queda nos custos com transporte de energia e componentes financeiros. No entanto, o aumento foi justificado por maiores custos com a distribuição, encargos setoriais e compra de energia pelas distribuidoras.

Durante a análise, o diretor relator Fernando Mosna abordou a questão das chamadas perdas não técnicas, que ocorrem através de ligações clandestinas, desvios na rede ou adulterações em medidores. Essas fraudes acabam sendo incorporadas às tarifas pagas pelos consumidores regulares.

A Aneel reconhece parte dessas perdas na composição da tarifa para evitar prejuízo à concessionária, prática que ainda gera controvérsia entre os diretores da agência. No voto, Mosna propôs desconsiderar a Energisa Acre como referência para o cálculo das metas de perdas da Neoenergia Pernambuco, alegando que os desafios enfrentados no estado nordestino são maiores do que os da empresa acreana.

Repercussão e próximas etapas da análise regulatória

O voto de Mosna, seguido por Ricardo Tili, também determinou que a Superintendência de Gestão Tarifária (STR) da Aneel terá 180 dias para reavaliar, de forma técnica, os argumentos apresentados pela Neoenergia. Até lá, o percentual de perdas não técnicas reconhecido para a concessionária será de 16,31% do mercado de baixa tensão medido.

O reajuste gera preocupação entre consumidores e entidades de defesa do consumidor, especialmente em um cenário econômico em que o custo de vida já está elevado. A previsão é de que a revisão tarifária de 2025 traga novos critérios para o controle de perdas e eventuais fraudes no sistema elétrico, melhorando a transparência e a eficiência da cobrança.

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