Religião em Pernambuco: Número de Católicos Cai e Evangélicos Já Somam 25% da População, diz Censo 2022

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religião em Pernambuco

Queda do número de católicos em Pernambuco e avanço evangélico marcam Censo 2022

O novo Censo Demográfico do IBGE, divulgado nesta sexta-feira (6), revela mudanças significativas no perfil religioso da população pernambucana. A pesquisa mostra que o número de católicos caiu para 58,82%, enquanto os evangélicos representam agora 25,18% da população, quase o dobro de duas décadas atrás.

O levantamento indica que 4.599.859 pessoas se declararam católicas, entre os 9.058.931 habitantes do estado. Em 2010, esse percentual era de 65,95%, e em 2000, 74,52%. A queda é de quase 17 pontos percentuais em 22 anos.

Por outro lado, os evangélicos saltaram de 13,52% em 2000 para 25,18% em 2022, totalizando 1.969.412 pessoas. Em 2010, eram 1.788.973 (20,34%). Esse crescimento contínuo aponta para uma mudança no mapa religioso de Pernambuco, que acompanha uma tendência nacional.

Outras religiões e sem religião

O Censo também mapeou o crescimento de religiões como umbanda e candomblé, que subiram de 10.830 adeptos (0,12%) em 2010 para 35.898 (0,46%) em 2022. Já os espíritas somam atualmente 96.380 (1,23%), número inferior ao registrado em 2010 (123.798 – 1,41%).

Entre as pessoas que se declararam sem religião, houve uma leve queda: de 914.954 (10,40%) em 2010 para 812.594 (10,39%) em 2022. Também foram registrados 285.086 seguidores de outras religiões (3,65%).

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Perfil por gênero, raça e escolaridade

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística também identificou disparidades entre os sexos: entre os católicos, 51,84% são mulheres e 48,16% são homens; entre os evangélicos, a presença feminina é ainda maior — 58,51% são mulheres.

Quanto à cor/raça, 61,76% das pessoas brancas disseram ser católicas; entre os pretos, o percentual é de 50,54%; já os pardos somam 58,53% de católicos. Os seguidores de umbanda e candomblé estão mais presentes entre pessoas pretas (1,02%) e indígenas (0,42%).

O Censo ainda revelou que a taxa de alfabetização entre evangélicos (91%) é superior à dos católicos (85,59%) e até dos que se declaram sem religião (90,78%).

Contexto histórico da religião no Brasil

Segundo a analista do IBGE, Maria Goreth Santos, as mudanças sociais influenciaram diretamente o retrato religioso brasileiro. Desde o primeiro censo com dados sobre religião, em 1872, quando 99,7% da população era considerada católica, o país passou por profundas transformações. À época, os recenseadores só registravam “católico” ou “acatólico”, e pessoas escravizadas eram automaticamente classificadas como católicas, conforme declaração do senhor da casa.

Hoje, a pesquisa contempla uma ampla diversidade religiosa, resultado de ajustes metodológicos e de reconhecimento de subgrupos religiosos tradicionais e contemporâneos.

Para consultar os dados completos, acesse o Censo 2022 do IBGE.

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