O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou nesta quinta-feira (15) o primeiro caso de gripe aviária no Brasil em uma granja comercial de aves, localizada no município de Montenegro, no estado do Rio Grande do Sul.
Apesar da detecção do vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (H5N1), a pasta garantiu que não há risco de transmissão da doença pelo consumo de carnes de aves ou ovos, desde que os alimentos estejam devidamente preparados.
“A população brasileira e mundial pode se manter tranquila em relação à segurança dos produtos inspecionados, não havendo qualquer restrição ao seu consumo”, afirma o comunicado oficial.
Contaminação ocorre apenas por contato direto
De acordo com o ministério, o risco de infecção humana é baixo e geralmente ocorre apenas com tratadores ou profissionais com contato intenso com aves infectadas — vivas ou mortas. O consumo de alimentos cozidos, como carne de frango e ovos, é considerado seguro.
Medidas de contenção já foram acionadas
O Mapa informou que ativou o Plano Nacional de Contingência, que tem como objetivo erradicar o foco da doença, preservar a capacidade produtiva do setor avícola e manter o abastecimento nacional.
Também foram feitas notificações à:
- Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA)
- Ministérios da Saúde e do Meio Ambiente
- Entidades do setor produtivo
- Países parceiros comerciais
China suspende compra de frango brasileiro
Em reação ao foco confirmado, a China suspendeu por 60 dias as importações de frango do Brasil. A decisão foi classificada pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, como uma medida preventiva comum nesse tipo de ocorrência.
“Desde os anos anteriores, o Brasil já implementa ações de monitoramento, vigilância epidemiológica, capacitação de profissionais e controle sanitário em pontos de entrada de animais e produtos”, destacou o Mapa.
Produção segue segura
Mesmo com o impacto nas exportações, o ministério reforça que a produção avícola brasileira segue segura e que a situação está sob controle. O país continuará monitorando aves silvestres e reforçando a vigilância nas granjas comerciais e de subsistência.