As fortes chuvas em Pernambuco, que começaram no final da tarde da quarta-feira (14), provocaram alagamentos e diversos transtornos em cidades da Região Metropolitana do Recife (RMR) e da Zona da Mata. A previsão da Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) é de que o fenômeno continue com chuvas moderadas a fortes até o sábado (17).
A meteorologista Zilurdes Lopes, da Apac, explica que as chuvas estão sendo causadas por uma combinação entre instabilidades atmosféricas e a atuação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), uma faixa próxima à Linha do Equador onde os ventos alísios se encontram, formando nuvens densas e precipitações intensas.
Previsão para os próximos dias
Segundo a Apac, a intensidade das chuvas deve diminuir durante a tarde desta quinta-feira (15), mas pancadas moderadas podem retornar na noite de hoje e na manhã da sexta-feira (16). No sábado (17), a expectativa é de chuvas de menor intensidade, mas ainda com risco de acumulados significativos na faixa litorânea.
A previsão será reavaliada ao longo do dia, e novos alertas podem ser emitidos.
Alerta meteorológico
Na quarta-feira, a Apac emitiu um aviso de nível laranja, indicando risco moderado a alto de chuvas fortes com potencial de causar transtornos. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) reforçou o alerta para toda a faixa litorânea do estado.
O alerta laranja significa que há condições meteorológicas perigosas com possibilidade de alagamentos, deslizamentos e transbordamentos de rios ou canais urbanos.
Maiores acumulados registrados
Entre as 11h30 da quarta-feira e a manhã desta quinta (15), os maiores acumulados de chuva foram registrados nos seguintes bairros:
- Jardim Fragoso (Olinda) – 173,81 mm
- Torreão (Recife) – 167,28 mm
- Muribeca (Jaboatão dos Guararapes) – 165,58 mm
- Campina do Barreto (Recife) – 161,83 mm
- Vila Torres Galvão (Paulista) – 153,64 mm
“Os maiores acumulados ocorreram na RMR, superando os 100 milímetros em diversos pontos”, afirmou a meteorologista.
Quadra chuvosa começou de forma atípica
A quadra chuvosa de 2025, que engloba os meses de abril a julho, teve um início atípico. Segundo a Apac, abril foi um mês de baixo índice pluviométrico, com chuvas concentradas apenas na segunda quinzena de maio — período historicamente mais propenso a eventos extremos.
“Historicamente, a segunda quinzena de maio concentra os maiores acumulados de chuva no litoral. Este comportamento já era esperado, apesar do início irregular”, finalizou Zilurdes Lopes.
Atenção redobrada
A Apac recomenda que a população continue acompanhando as atualizações em seus canais oficiais, como o site e as redes sociais, para se manter informada sobre os avisos meteorológicos e possíveis ações preventivas.